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Solenidade da Epifania do Senhor30/12/2020 3024

 “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2, 2b)

 
Tema central da Liturgia
 
A Solenidade de hoje, popularmente também chamada de Dia de Reis, é celebrada no dia 06 de janeiro; contudo, por determinação da CNBB e aprovação da Santa Sé, no Brasil a Epifania é celebrada sempre aos domingos entre o dia 02 ao dia 08 de janeiro. A liturgia de hoje chama-nos a atenção para a forma como Deus se manifestou aos seus: como um frágil recém-nascido na pequenina Belém a fim de, por amor, nos presentear com a salvação.
 
 
1ª Leitura: Is 60, 1-6
 
O capítulo 60 é o centro da Profecia de Isaías (Terceiro Isaías). Do ponto de vista redacional, o livro pode ser dividido em três partes. Como breve contextualização geral, olhemos apenas a terceira parte do livro:
 
Terceira parte: compreende os capítulos 56 a 66 e correspondem à profecia do Terceiro Isaías ou Trito-Isaías, no contexto dos anos 535 a.C. ao 515 a.C. – tempo da volta dos exilados babilônios para Jerusalém. O autor retoma algumas das temáticas do Segundo Isaías, mas, adaptando-as à nova situação do povo. Assim, busca reanimar o povo na reconstrução da Nação, contudo, não apenas no cuidado com as construções materiais, mas sobretudo, da sociedade com valores humanos, fraternos e justos conforme os ensinamentos dos antigos.
 
A perícope da liturgia de hoje é tematizada pela nova glória de Jerusalém que será levantada pela glória de Deus. Por isso, o tom é de triunfo e esperança em Deus! Ademais, o profeta tem uma missão especial: animar os antigos exilados a voltarem à pátria (cf. v. 1). Justamente por isso, sua visão não é a da Jerusalém concreta, ainda marcada pela instabilidade própria do contexto pós-exílio (v. 2a), mas, a de uma cidade inteiramente renovada, cidade de luz, e que por si só atrairá a ela os povos e riquezas (v. 4-6). Assim, iluminada pela luz do Senhor, Jerusalém cumprirá sua missão escatológica de ser mãe de muitos filhos (v. 4b) sempre voltados para seu Deus anunciando seus louvores (v. 6b) e servindo de guia para as nações (v. 3).
 
 
Salmo 71 (72), 1-2.7-8.10-13 (R/. cf. 11)
 
O salmo de hoje pertence ao gênero Real. Conforme a definição de Hermann Gunkel, “estes salmos eram executados em algum tipo de festividade da corte, onde eram executados na presença do rei e seus dignitários. Ocasiões específicas podem festivais de entronização ou ascensão, aniversários de casamento, vitória sobre um inimigo, cura de uma doença, entre outros”.
 
Especificamente, nosso salmo traz o anúncio de um reino justo e benéfico, tempo de felicidade para os pobres e marginalizados. É interessante notar que o sentido deste salmo toma novo vigor na Solenidade de hoje: só em Cristo essa expectativa se cumpre perfeitamente. Assim, o salmo pode ser interpretado como uma profecia do Messias.
 
 
2ª Leitura: Ef 3, 2-3a.5-6
 
A fim de melhor nos situarmos neste texto bíblico, tomemos a introdução à Carta aos Efésios da Bíblia da CNBB:
 
A Carta aos Efésios (Ef) é uma carta circular dirigida aos cristãos da Ásia menor (hoje Turquia), província romana que tinha a cidade de Éfeso como capital. O caráter circular da carta confirma-se pelo fato de a menção a Éfeso, em 1, 1, faltar em muitos manuscritos. De carta ela só tem a forma; o conteúdo é uma homilia. A comparação com a Carta aos Colossenses (que se destinava a diversas igrejas) mostra que o autor se inspirou nessa carta e a transformou numa homilia destinada a um público mais amplo.
 
Embora curta, possui apenas seis (06) capítulos, do ponto de vista do conteúdo, a Carta aos Efésios pode ser dividida em quatro partes: I) Saudação: 1, 1-2; II) Parte doutrinal: 1, 3 – 3, 21; III) Exortação: 4, 1 – 6, 20; e IV) Conclusão: 6, 21-23.
 
Nossa perícope encontra-se na segunda parte e é tematizada pela ação evangelizadora de Paulo, apóstolos dos povos pagãos. Paulo, assim como os Doze, teve o ao mistério divino, mas, por revelação (cf. v. 3a.5), entretanto, este dom de Deus não está em vista de proveito pessoal, mas, em prol dos pagãos (v. 2), ou seja, Deus deu a Paulo conhecer seus mistérios a fim de que ele o desse a conhecer aos pagãos. Ademais, o mistério é sublime e simples ao mesmo tempo: Deus é salvação e esta é ível a todos os povos por meio de Jesus Cristo (v. 6).
 
 
Evangelho: Mt 2, 1-12
 
A perícope de hoje toma parte do Evangelho da Infância na narrativa de Mateus. O evangelista na tentativa de apresentar quem é Jesus às comunidades cristãs, irá retroceder teologicamente na história a fim de que a identidade do Messias fique clara. Como Mateus fala a cristãos vindos do judaísmo, suas referências ao tesouro cultural e religioso têm papel fundamental em sua narração. Destacamos apenas os três mais evidentes:
 
Belém: a cidade de Belém ocupa lugar destacado para a confirmação da identidade de Jesus como o Messias. Belém é a cidade de Davi. A profecia de Miquéias sobre o príncipe da paz vindo de Belém é aqui transcrevida por Mateus (cf. v. 6), mas, deve ser lida em conjunto com a promessa do messias dravídico de 2 Sm 7-9. Assim, evocar o local Belém é reforçar que o esperado messias, acabara de nascer!
 
A estrela: aqui não se trata de um astro luminoso ou de um evento cósmico, mas, Mateus tem muito bem claro o que quer dizer. A estrela é próprio Deus que guia os homens de boa vontade até o seu Cristo. Ademais, Nm 24, 17 narra o seguinte: “Vejo-o, mas não agora, contemplo-o, mas não está perto – uma estrela sai de Jacó, um cetro se levanta de Israel, quebra as têmperas de Moab, e destrói todos os filhos de Set”. Tomada como profecia, a tradição de Números via o Messias literalmente como uma estrela vinda de Jacó.
 
Magos: estão em patente oposição a Herodes e os palacianos, que não estavam atentos aos sinais dos tempos e sequer se dispam a sair de seu comodismo para buscarem o Messias. Para além da imaginação popular que tomou corpo nos séculos, os magos representam a realização da profecia de Is 60 1-6 em que todos os povos da terra seriam atraídos a Deus, não por acaso os magos, pagãos vindos do oriente e não pertencentes ao Povo da Antiga Aliança, marcham para Jerusalém. Por si só as três personagens já deixam clara a abertura da fé e salvação para todos os povos e que Jesus, nascido em Belém é o Messias, pois em sua presença o adoram. Porém, os presentes apresentados deixam isso ainda mais evidente e já apontam para o tipo de Messias que o Cristo Jesus é: ouro é a confissão da verdadeira realeza, isto é, dele é o governo de tudo; incenso é a confissão da real divindade; mirra é a confissão da real humanidade do Cristo que viria a ar pela morte.
 
Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R.
 
 

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