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Pão da Vida fermenta o sentido da vida02/08/2020 da69

 

 

Ao nos reunirmos em um lugar de reflexão e silêncio, onde o Senhor quer nos satisfazer novamente, sentimo-nos cuidados. Ele está feliz em nos receber e não nos manda para outros lugares para encontrar comida. Ele nos pede para ficarmos quietos, unidos, como pessoas que sabem que uma refeição necessita de um certo descanso, junto com as outras pessoas, e atenção delicada um ao outro, durante o diálogo. Na verdade, temos que aprender repetidamente: nos reunindo para comer juntos.
 
Por meio do Seu gesto de acolhida, o Senhor transforma cada um de nós, com suas preocupações e desejos individuais, em uma comunidade humanizada, na qual compartilhamos nossa existência. Para tanto, onde quer que sentemos à mesa e tenhamos uma refeição com outras pessoas, a dádiva da nossa vida será partilhada e continuará aumentando e fortalecendo a solidariedade.
 
O pão de Jesus à mesa transforma nossas reuniões em uma comunhão fraterna. No entanto, a multidão e nós também parecemos estar com muita fome. Estamos todos com fome de pão, mas muito mais, fome de paz e perdão, de ternura e amor, de superar as situações de morte e descobrir um sentido à nossa vida.
 
Como nossa fome mais profunda pode ser satisfeita? Por causa do que empenhamos nossa vida com grande esforço e trabalho? De fato, ganhamos nosso pão diário trabalhando arduamente. Mas, esta dedicação aparentemente não é suficiente. O Senhor nos oferece Seu Pão, que não tem preço. Nesta perspectiva, o profeta Isaías afirma: “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura” (Is 55, 1-2).
 
O Senhor é capaz de satisfazer nossa mais profunda fome. No entanto, é bom que façamos nossa contribuição: Cinco pães e dois peixes. Com fidelidade criativa veja o que o Senhor faz com esses pães e peixes, que simbolizam todos os nossos esforços. Ele rende graças a Deus, parte os pães e os peixes e os distribui. Por meio desse gesto de gratidão e partilha, o Senhor concebe ao nosso pão diário, isto é, para todo o nosso trabalho ordinário, um novo significado e propósito. Ao abençoar o pão, Ele deseja deixar claro que o resultado de toda a nossa labuta não é apenas para satisfazer o nosso estômago e prazer, mas em primeiro lugar é uma ocasião para agradecermos a Deus pela vida que Ele nos oferta através da possibilidade de trabalharmos e por todo o bem que vem com esta atitude.
 
O que ganhamos com o nosso trabalho deve ser, fundamentalmente, uma razão para agradecer a Deus. E compartilhando o pão do nosso trabalho, Jesus quer deixar claro para nós que os frutos de todas as nossas obras não são apenas para a nossa própria fome, para o nosso próprio benefício, mas também para serem doados e alimentar os outros, especialmente os mais vulneráveis em nosso tempo.
 
O que ganhamos com o nosso trabalho deve ajudar a satisfazer a fome dos nossos irmãos e irmãs. Assim, veremos no pão agradecido e partido nas mãos do Senhor, o sinal que poderá dar o significado mais profundo à nossa vida e às nossas atitudes. Nossa vida tornar-se-á valiosa se, em tudo o que experimentamos, estivermos principalmente preocupados em manifestar nossa gratidão a Deus que cuida de nós com a Sua absoluta amorosidade. E quando nós, em tudo o que realizarmos, pudermos compartilhar amorosamente com as outras pessoas os dons que o Deus da Vida nos agraciou estaremos, verdadeiramente, sendo continuadores do Redentor.
 
Portanto, agradecer e compartilhar é o que torna significativa a nossa finitude, possibilitando-a transcender em atitudes transformadoras, que florescerão junto a humanidade. Com isso, quando recebemos a comunhão, recebemos o anfitrião, Jesus Cristo, e escutamos: “O Corpo de Cristo!”. Somos convidados a responder, não com um meio murmúrio ou um “obrigado”, mas com um claro e fiel: “Amém!” “Aceito! É verdade! Sim, eu acredito!”. Esse “Amém” é na verdade uma profissão de fé, necessária antes de recebermos a Comunhão, na qual afirmamos claramente que acreditamos na potência Amorosa do Corpo de Cristo e queremos nos tornar o Corpo de Cristo, outro “Cristo” em meio ao “mundo ferido” pelas injustiças sociais. Em todo o nosso trabalho e em todos os nossos esforços queremos principalmente fazer o que Ele fez: agradecer e compartilhar amor.
 
 
Pe. Ricardo Geraldo de Carvalho
Missionário Redentorista - Suriname
 

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