6ª Dor de Nossa Senhora03/04/2020 5k5a6d
CELEBRANDO O SETENÁRIO DAS DORES DE NOSSA SENHORA EM FAMÍLIA
6ª Dor: Maria recebe o corpo de Jesus morto em seus braços

"Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas,
como os judeus costumam sepultar." (Jo 19, 40)
Um profundo silêncio envolve o Calvário. No seu Evangelho, João atesta que o Calvário se encontra num jardim, onde existe um sepulcro ainda não usado. E é lá precisamente que os discípulos depõem o seu corpo. Aquele Jesus, que aos poucos reconheceram como Deus que Se fez homem, está lá, cadáver. Na solidão desconhecida, sentem-se perdidos, não sabem o que fazer, nem como comportar-se. Nada mais lhes resta que consolar-se reciprocamente, encorajar-se um ao outro, permanecer juntos. Mas é precisamente então que matura nos discípulos o momento da fé, da recordação daquilo que Jesus disse e fez quando estava no meio deles, e que antes só em parte tinham compreendido. Lá começam a ser Igreja, à espera da Ressurreição e da efusão do Espírito. Com eles, está a mãe de Jesus, Maria, que o Filho entregara a João. Reúnem-se todos com Ela, à volta d’Ela. À espera. À espera que o Senhor Se manifeste. Sabemos que aquele corpo, três dias depois, ressuscitou. Assim Jesus vive para sempre e nos acompanha, Ele pessoalmente, ao longo da nossa viagem terrena, entre alegrias e tribulações.
Um jardim, símbolo da vida com as suas cores, acolhe o mistério do homem criado e redimido. Num jardim, Deus colocou a sua criatura (Gn 2, 8) e de lá a expulsou depois da queda (Gn 3, 23). Num jardim, teve início a Paixão de Jesus (Jo 18, 1) e, num jardim, um sepulcro novo acolhe o novo Adão que volta à terra (Jo 19, 41), ventre materno que guarda a semente fecunda que morre. É o tempo da fé que aguarda silenciosa, e da esperança que no ramo seco já vislumbra o despontar de um pequenino rebento, promessa de salvação e de alegria. Agora a voz de «Deus fala no grande silêncio do coração» (Sl 38, 20). Saibamos neste tempo de sofrimento, onde nos fazemos tantas perguntas, ouvir a voz de Deus. Vamos estar atentos para discernir o que Ele nos fala.
ORAÇÃO DAS MÃES: Puríssima Virgem dolorosa, que tiveste em teus braços Jesus, teu filho amado, morto e ensanguentado. Tu que na hora mais difícil aste com fé a dor das dores. Virgem, tu que conheces o coração das mães, tu que guardas em teu coração o meu coração ferido aliviai a dor que sinto da espada cortante que me fere. Tenho meus filhos, sei que eles têm seus problemas. Sei também que talvez não haja mais esperança de restabelecimento. Peço-te, Maria a graça do abandono completo em Deus. Quero abandonar-me nos braços do Pai, e sentir-me segura lá. Pois só assim terei forças para lutar contra tudo aquilo que diminui minha vontade de viver e lutar. Dá-me coragem para lidar com os sofrimentos daqueles que amo. Protege-me minha Mãe, e a meu filho. Amém.
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