A Igreja Católica na praça01/03/2013 64554c
“Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva!”. Com estas palavras iniciais, nosso, agora, Papa emérito saudou uma significativa parcela da igreja reunida na Praça São Pedro, na última audiência geral, no dia 27 de fevereiro.
Dava o sentido do que era mais importante, o que ele era com todos (igreja) e o que ele era para a igreja vinha depois (o ministério petrino). Lembrei-me de um dos livros preferidos no estudo da Teologia sobre a Igreja (Eclesiologia) do então teólogo Joseph Ratzinger e que se chama “O Novo Povo de Deus” (1974).
Quase no final da mensagem, ao falar das cartas que recebeu, falou de novo do sentido de ser Igreja:
“Estas pessoas não me escrevem como se escreve, por exemplo, a um príncipe ou a um grande que não se conhece. Escrevem-me como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido de uma ligação familiar muito afetuosa.
Aqui pode-se tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!”.
Essa Igreja, representada nas mais diferentes raças e nações, naquele momento na praça, tocou terna e agradecidamente seu pastor e expressou de modo concreto sua universalidade/catolicidade. Naquele momento, comentei com um confrade redentorista, sem ufanismo, que as falhas e pecados da igreja existem, mas não a definem. E que aquela reunião na praça espelhava um pouco do que nossas comunidades eclesiais locais, paroquiais e diocesanas experimentam cada dia.
Colocar em evidência essa dimensão de Ser Igreja, neste ano da Fé e em uma de suas falas finais, dirigidas a católicos de várias nações reunidos na praça e a outros milhões que acompanharam a transmissão ao vivo é algo muito eloquente e que deve ser considerado como um chamado ao compromisso batismal, ao sentido de ser cristão católico.
Informou: Pe. Carlos Viol, C.Ss.R.
Roma, Itália