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Devoção à Nossa Senhora Aparecida11/10/2023 4a1623

 

 

O feriado de 12 de outubro tem uma razão religiosa para existir, dentro da tradição católica brasileira: para a Igreja, a data é dedicada a Nossa Senhora Aparecida, santa considerada a padroeira do Brasil.
 
Nossa Senhora Aparecida é o nome que acabou sendo dado a uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terracota, 36 centímetros de altura e 2,5 quilos, que teria sido encontrada em outubro de 1717, 301 anos atrás, por três pescadores no Rio Paraíba do Sul em São Paulo.
 
Como a santa foi "aparecida", a alcunha logo pegou. O episódio foi considerado um milagre - e logo outros relacionados à santa foram sendo narrados. De sorte que a pequena capela originalmente erguida, em 1745, para abrigá-la ou a atrair mais e mais romeiros, e o local aos poucos se transformou em uma cidade, Aparecida (SP).
 
Hoje Aparecida é o principal ponto de turismo religioso do país. Anualmente, cerca de 12 milhões de romeiros visitam o Santuário Nacional - que recebeu, aliás, os três últimos papas do catolicismo, João Paulo 2º, Bento 16 e Francisco. No feriado dedicado à santa, o local costuma ser visitado por 200 mil pessoas.
 
Devoção nacional
E como foi que a santinha foi parar no rio?
 
Conforme aponta o jornalista Rodrigo Alvarez no livro Aparecida - A Biografia da Santa que Perdeu a Cabeça, Ficou Negra, Foi Roubada, Cobiçada pelos Políticos e Conquistou o Brasil, o mais provável é que alguém a tenha descartado porque ela estava quebrada - e muitos acreditam que ter uma imagem quebrada de santo pode dar azar.
 
Já a cor original da santa muito provavelmente não era negra. Ficar anos sob as águas deve ter tornado a imagem escura tal e qual a conhecemos.
 
De acordo com especialistas, entretanto, a devoção a Nossa Senhora Aparecida demorou para se espalhar em todo o Brasil. Para o teólogo e filósofo Fernando Altemeyer Júnior, professor de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor de um capítulo de livro que a Editora Paulinas prepara sobre a devoção mariana no Brasil, esta fama de Nossa Senhora Aparecida se espalhou mesmo com o trabalho realizado pelos missionários da Congregação Redentorista, que iniciaram os serviços em Aparecida em 1895.
 
"Lentamente, a devoção popular acabou assumida pela Igreja Católica. O fervor foi amplificado com a chegada dos redentoristas e, depois, com a construção da Rodovia Dutra. Estrategicamente, Aparecida fica no meio das duas metrópoles, Rio e São Paulo", aponta o teólogo. "Antes, a devoção estava concentrada no Vale do Paraíba e Sul de Minas."
 
"Havia uma devoção, mas não em nível nacional, como hoje", diz o historiador e pesquisador Paulo Rezzutti.
 
No seu livro D. Pedro: A História Não Contada, ele relata que o próprio primeiro imperador do Brasil visitou a igrejinha onde a santa estava exposta. Aparecida foi uma das paradas do percurso que Pedro fez, a cavalo com uma comitiva, entre Rio e São Paulo, em agosto de 1822.
 
Viagem esta que acabaria terminando com a declaração da Independência do Brasil, às margens do rio Ipiranga.
 
Memorialistas populares afirmam que o monarca teria feito uma promessa ali: se ele se tornasse governante do Brasil, transformaria Nossa Senhora na padroeira do país.
 
Isto nunca ocorreu. "Em 1826, o Brasil ganhou seu primeiro padroeiro: São Pedro de Alcântara, por solicitação de dom Pedro 1º ao papa", conta Rezzutti. "Esse santo era de devoção particular da família imperial. É de onde vem o nome Alcântara, que está no nome completo tanto de Pedro 1º quanto de Pedro 2º."
 
Para o pesquisador e estudioso de santos José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia, a devoção a Nossa Senhora Aparecida só ultraou os limites da então Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, região da descoberta da imagem, quando começaram a se espalhar as histórias de milagres.
 
"Há o relato da libertação de um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes que, quando ou pela igreja construída para abrigar a imagem da santa, pediu ao feitor permissão para rezar. Ajoelhado diante de Nossa Senhor Aparecida, as correntes que o prendiam teriam se soltado, tornando-se ele então livre", conta Lira.
 
"Essas histórias foram se espalhando."
 

 

Fonte: BBC
 

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