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28° Domingo do Tempo Comum13/10/2023 49251p

FELIZES OS CONVIDADOS

Receber um convite para uma festa é, geralmente, causa de grande alegria e contentamento para nós. Sentimo-nos lembrados e incluídos por alguém em sua alegria. A festa é sempre ocasião propícia para celebramos às coisas boas da vida e reforçarmos os laços que nos unem. Também Deus prepara uma festa em sua própria casa e nos convida a tomar nosso lugar num rico banquete, no qual tudo é oferecido com fartura (cf. Is 25,6-10a). É com esta imagem da festa e do banquete, que a Palavra de Deus deste 28° Domingo do Tempo Comum deseja nos ensinar sobre a realidade do próprio Deus e de seu Reino.

O Deus no qual cremos não é um deus carrancudo, que abomina festas e só nos pede sacrifícios, mas um Deus que nos convida constantemente a experimentarmos a vida e a alegria em plenitude, mesmo em meio aos dramas pessoais e sociais pelos quais amos. No mundo da Bíblia, o ato de comer e beber em comum tem um grande significado, não só porque os membros da comunidade reforçavam seus laços de pertença e de união, mas porque a comensalidade era símbolo da comunhão com o próprio Deus. Ao nos convidar para o banquete, o profeta quer nos dizer que o próprio Deus deseja que façamos parte da sua família, que nos tornemos íntimos dele. Trata-se, portanto, de um verdadeiro projeto de vida oferecido ao ser humano.

No entanto, pode acontecer que nos fechemos e não aceitemos seu convite, como narra o Evangelho, no qual um rei preparou a festa de casamento do filho, e ao convidar as pessoas, recebeu as desculpas mais esfarrapadas, alguns chegaram ao ponto de ass os emissários do rei (cf. Mt 22,1-14). Esses que recusaram o convite do rei e recusam constantemente o convite de Deus para participar de seu projeto, são aqueles que vivem perseguindo os próprios interesses, querem construir sua vida sozinhos, buscam a felicidade a todo custo e, assim, se tornam cegos para a proposta gratuita de Deus.

Tal qual o rei, Deus irá procurar a outros, aqueles que não obstante o seu pecado e as suas fraquezas, abrem espaço em seu coração para o projeto divino. Que possamos estar entre aqueles que foram encontrados nas encruzilhadas dos caminhos, e acolherem de bom grado o convite de Deus, e que saibamos comparecer adequadamente diante dele, vestindo as vestes do amor e do serviço, isto é, assumindo um estilo de vida condizente com o Reino de Deus.

Pe. Rodrigo Costa, C.Ss.R.