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Jubileu: Mãe Aparecida02/10/2017 292x4j


Autor: Pe. Vanderlei Santos de Sousa, C.Ss.R. 6x3p39

Missionário Redentorista - Província do Rio de Janeiro. Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Vale da Floresta - Juiz de Fora/MG).


 

Falar da devoção mariana no Brasil é uma grande alegria e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade, pois Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, é mais do que apenas uma devoção. Ela é uma oportunidade de compreendermos nossa identidade à luz da verdadeira fé, que nos leva ao encontro com seu Filho Jesus Cristo.
 
Ao sairmos de nossa cidade e nos dirigimos à cidade de Aparecida (SP), lá chegando, logo somos tomados pelas dimensões geométricas assustadoras que a igreja possui e pela sensação de nossa verdadeira pequenez frente à grandeza do mistério de Deus. Lá, como nas Bodas de Caná, discretamente a pequena e singela lembrança da Mãe Aparecida. Sim, pequena mesmo, pois possui apenas 39 centímetros de comprimento, se contarmos com o pedestal sobre o qual ela está exposta, que de tão pequena pode até ar despercebida pra quem se encanta com a grandeza do local e se esquece o que foi lá fazer: visitar a Casa da Mãe. Olhando mais de perto tudo isto, entendemos o que esta singela presença mariana nos possibilita vivenciar em Aparecida.
 
O Santuário Nacional, com suas naves central e laterais enormes e com aquela acolhedora figura de Maria ao fundo, nos apontando para o centro de nossa fé, Jesus Cristo, faz-nos rememorar como tudo começou.
 
Essa história envolve o rio Paraíba, na língua indígena, rio ruim, imprestável para a navegação e mais ainda, em época de escassez de peixe, quando a autoridade dos homens exigia daqueles pobres ribeirinhos o abastecimento de suas já fartas mesas. Na labuta, eles encontram uma imagem, suja da lama do fundo do rio, quebrada, mas que tão logo lhes abriu os olhos do coração para perceberem a novidade de Deus que ali começava a acontecer. Maria, a Senhora da Conceição, lhes aparece e traz não só o conforto e a confiança, mas também o tão esperado peixe, que lhes possibilitaria pelo menos alívio dos castigos prometidos, caso não conseguissem. Era a Mãe que, com seu Perpétuo Socorro, se achegava aos filhos prediletos do Reino, os desprovidos, para lhes oferecer conforto e também confiança de que em Deus tudo se ajeita.
 
Em Aparecida, vivenciamos esta história até os dias atuais, pois cada peregrino que para lá se dirige encontra nela a medida certa para uma profunda experiência de Deus, evitando-se, assim, transformá-la em ocupadora do lugar da Trindade em nossa vida, porém, sempre apontando a Palavra encarnada e tornando cada rito, cumprimento de promessas, orações, rezas e exercícios espirituais, em uma profunda oportunidade de aproximação daquele que é a razão de nossa fé: Jesus Cristo, nosso Santíssimo Redentor.
 
Nestes trezentos anos em que a cidade de Aparecida se transformou na capital nacional da fé católica, a devoção a Nossa Senhora nos conduz à compreensão de que nós brasileiros somos um povo forte, fiel, trabalhador, que busca compreender nas vicissitudes da vida como Deus nos fala e como sua presença nos conforta. Maria, a Mãe Aparecida, nos é apresentada como verdadeira discípula de Jesus (cf. Lc 8,1-3; Jo 2,1-12; At 1,12-14). Ouvinte e praticante daquilo que a Palavra nos diz, ela nos ajuda a seguir sempre em frente, buscando a cada novo momento deixar que ressoe em nossas atitudes aquilo que ouvimos e rezamos na intimidade com seu Filho Jesus. Pois que, silenciosa e quase imperceptível, a pequena imagem se agiganta quando dela nos aproximamos e vemos quanta manifestação de fé dos devotos que para lá se dirigem e retornam mais fortalecidos para suas lidas diárias.
 
Nas Bodas de Caná, Maria diz: “Façam, aquilo que Ele lhes disser...” (Jo 2,5) e quando assim, obedientes, os servidores agiram, o vinho novo e melhor foi oferecido. O mesmo que, em Aparecida, bebemos até hoje, ao recebermos aquela sensação de que fomos, de fato, bem recebidos e acolhidos pela Mãe. Quando retornamos ao dia-a-dia, ela ainda nos testemunha que podemos e temos condições de nos manter de pé diante da cruz (cf. Jo 19,25-27) e que, quando assim agimos, percebemos a familiaridade e proximidade da Mãe. Por isso tantos testemunhos de graças alcançadas.
 
Celebrando estes 300 anos da devoção a Nossa Senhora, que ali no Vale do Paraíba emana para todo o Brasil e outros países as luzes da força e fé no Cristo Redentor, renovamos nossa adesão a Ele porque na Casa da Mãe Aparecida chegamos, batemos à sua porta; ela abre, nos convida a entrar, nos assentarmos para descansar, aliviar as cargas da vida e depois, com um sorriso materno no rosto, nos aponta Jesus e diz: “Façam o que Ele vos disser”.
 

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