Santo Afonso e a Eucaristia06/06/2017 2r473h

Autor: Fráter Robson Araújo, C.Ss.R. 3l5w6p
Fráter Redentorista da Província do Rio de Janeiro.
Este mês celebramos a solenidade de “Corpus Christi”, a festa do Corpo e sangue de Cristo. A Igreja comemora na segunda quinta-feira após o domingo de Pentecostes o dia em que se faz memória da presença de Cristo nas espécies eucarísticas. É tradição de muitas comunidades manifestarem seu amor a Jesus Eucarístico fazendo longos e belíssimos tapetes enfeitados para a procissão com o Santíssimo: Jesus sacramentado que caminha com seu povo. Esta festa teve origem no séc. XVIII, na Diocese de Liége na Bélgica, no intuito de reafirmar a presença real de Jesus na Eucaristia.
Nesse contexto da solenidade, a espiritualidade de Santo Afonso de Ligório tem muito a nos ensinar. Na sua intimidade com Deus, percebemos o seu grande amor à devoção à Santa Eucaristia. Para ele, a Eucaristia é o lugar do encontro com Jesus amigo que caminha junto aos seus, e não os abandona, porque Ele ama cada pessoa. Santo Afonso em seus escritos dizia “Jesus quis prolongar sua presença na terra sob o sinal do pão”, evidenciando a Eucaristia como alimento e sustento para os homens. Cristo se apresenta como o “Pão da vida” (Jo 6) para saciar a fome do mundo. Ele se faz alimento diário para sustentar nossa caminhada, fortificando-nos para seguirmos nossa missão de contribuinte na construção do Reino de Deus.
Santo Afonso ava horas e horas diante do Santíssimo Sacramento fazendo suas orações, contemplando o dom do Pai a seus filhos. Ele reconhecia naquele pequeno pedaço de pão a presença real e eficaz de Jesus e a realização do mistério do amor de Deus por nós. Para ajudar as pessoas a se encontrarem com Jesus Sacramentado e experimentarem seu amor, Santo Afonso compôs as “Visitas ao Santíssimo Sacramento”, um livro de orações para serem feitas na presença da Eucaristia. As “Visitas” nos ajudam a compreender que quando aproximamos do Senhor presente na Eucaristia reconhecemos que seu amor permanece em nosso meio, e que esta dinâmica do dom da comunhão com Ele nos leva a entrarmos em comunhão com os irmãos continuando os mesmos gestos de Jesus.
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