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29° Domingo do Tempo Comum20/10/2023 r6i20

 

 

RESTITUIR A DEUS, O QUE É DE DEUS
 
Estamos acompanhando nos últimos domingos o conflito crescente entre Jesus e as autoridades político-religiosas de Israel. Incapazes de se abrirem à proposta do Reino, e sentindo-se ameaçadas em sua posição privilegiada, inimigos dão-se as mãos a fim de tramarem a morte de Jesus. Neste 29° Domingo do Tempo Comum nos deparamos com mais uma dessas controvérsias, que diz respeito ao modo como restituímos a Deus o que lhe pertence e a responsabilidade que temos com a sociedade, como cidadãos que somos.
 
No tempo de Jesus, a Palestina estava sob o jugo da dominação romana, que cobrava pesados impostos dos povos colonizados. Nesse sentido, herodianos e fariseus perguntam a Jesus se era lícito ou não pagar impostos ao Império Romano. Tratava-se de uma armadilha, que poderia comprometer Jesus em qualquer resposta. Se Jesus se pronunciasse contra o pagamento do imposto, estaria se indispondo com as autoridades romanas, podendo ser acusado de subversão; se ele se declarasse favorável, estaria sendo conivente com a exploração romana, e atrairia sobre si a antipatia do povo. Percebendo a malícia de seus interlocutores, Jesus aprofunda a reflexão, utilizando-se do verbo “restituir”, afirmando que o ser humano pertence a Deus em primeiro lugar, que só a Ele cabe restituir algo, já que tudo lhe pertence e nada pode existir sem Ele, e não há outro deus além d’Ele (cf. Is 45,1.4-6). Só então, deveremos cumprir com nossas obrigações com sociedade na qual estamos inseridos. Ao perguntar sobre a imagem inscrita na moeda, e receber como reposta que se tratava da imagem de “César”, os adversários de Jesus são forçados a itir que a possuem e a utilizam, portanto, já compactuam com a lógica do sistema imperial, devendo arcar com suas responsabilidades. Mas Jesus vai além, recorda-lhes a dignidade mais profunda do ser humano: fomos criados por Deus, que imprimiu em nós a sua imagem, e só a Ele pertencemos.
 
Portanto, não podemos ser transformados em objeto ou subjugados por qualquer espécie de poder político, econômico ou religioso. O ensinamento de Jesus nos convida a fazer de Deus a nossa referência fundamental, a restituir-lhe o que de mais precioso temos e que lhe pertence, que é a nossa vida, não poucas vezes roubada pelos diversos poderes terrenos. Por outro lado, não podemos viver à margem da sociedade, mas temos uma responsabilidade na construção de um mundo segundo o projeto de Deus. Para isso devemos empregar a nossa fé ativa, o esforço da nossa caridade e a firmeza da nossa esperança (1Ts 1,3). 
 
 
Pe. Rodrigo Costa, C.Ss.R.
 
 

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