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3º Domingo do Advento – Ano B11/12/2020 2g4s65

 “Endireitai o caminho para o Senhor!” (Jo 1, 23b)

 
Tema central da Liturgia da Palavra
 
O centro da liturgia de hoje é a alegria! A forma como o cristão deve levar sua existência não é outra senão a alegria! Esta alegria, porém, não se confunde com momentos fugazes de contentamento e satisfação, mas, ao contrário aponta para o futuro: o cristão vive alegre porque já acolhe no presente de sua vida a salvação que espera receber no futuro! Esta alegre salvação é o Cristo que vem ao nosso encontro e que somos chamados a acolhê-lo perenemente em nós seguindo constantemente seus ensinamentos.
 
 
1ª Leitura: Is 61, 1-2a.10-11
 
A primeira leitura de hoje nos apresenta a importante profecia de Isaías, que forma corpo da terceira parte do livro. Como breve contextualização geral, olhemos apenas a terceira parte do livro do Profeta Isaías:
 
Terceira parte: compreende os capítulos 56 a 66 e correspondem à profecia do Terceiro Isaías ou Trito-Isaías, no contexto dos anos 535 a.C. ao 515 a.C. – tempo da volta dos exilados babilônios para Jerusalém. O autor retoma algumas das temáticas do Segundo Isaías, mas, adaptando-as à nova situação do povo. Assim, busca reanimar o povo na reconstrução da Nação, contudo, não apenas no cuidado com as construções materiais, mas sobretudo, da sociedade com valores humanos, fraternos e justos conforme os ensinamentos dos antigos.
 
A perícope de hoje integra a temática narrativa da nova glória de Jerusalém (cap. 60-62) e, de forma específica, apresenta-nos a missão do profeta e o magnificat de Sião.
 
A missão do profeta (v. 1-2a): a missão do profeta tem raiz na eleição divina: o Espírito do Senhor está sobre ele e o ungiu (cf. v. 1). Estas escolha e eleição estão em vista de uma missão específica: anunciar a boa nova aos pobres, curar os corações aflitos, anunciar a libertação, libertar os presos, anunciar o ano da graça do Senhor (cf. v. 2a).
 
O magnificat de Sião (v. 10-11): recebendo a anúncio profético do ano da graça do Senhor, a cidade de Sião se rejubila e eleva um cântico de alegria! Jerusalém recebe alegre a promessa divina de sua restauração e salvação (cf. v. 10a) e já acolhe no presente seu futuro glorioso: veste seu manto de justiça e como um noivo se adorna (cf. v. 10b). Assim, Jerusalém é chamada a ser canteiro fértil onde a justiça brote e se estenda para todas as nações (cf. v. 11).
 
 
Responsório: Lc 1, 46-50.53-54 (R/. Is 61, 10b)
 
O Cântico de Maria “inspira-se no cântico de Ana (1Sm 2, 1-10) e em muitas outras agens do Antigo Testamento. Além das principais semelhanças literárias [...], notem-se os dois principais temas: 1. pobres e pequenos são socorridos, em detrimento de ricos e poderosos (Sf 2, 3+; cf. Mt 5, 3+); 2. Israel, objeto da graça de Deus (cf. Dt 7, 6+ etc), desde a promessa feita a Abraão (Gn 15, 1+; 17, 1+). Lucas deve ter encontrado este cântico no ambiente dos ‘pobres’, onde era talvez atribuída à Filha de Sião; julgou conveniente pô-lo nos lábios de Maria, inserindo-o em sua narrativa, que é em prosa” (comentário da Bíblia de Jerusalém). Seja como for, Maria é o sinal da preferência divina pelos pequenos e, assim, Maria proclama e torna-se símbolo da inversão escatológica dos valores do Reino de Deus em relação à lógica opressora e mortífera dos poderosos deste mundo que não vivem a fé e não abraçam a vontade divina.
 
 
2ª Leitura: 1Ts 5, 16-24
 
Aproximemo-nos deste texto bíblico com a introdução da Bíblia da CNBB:
 
A Primeira Carta aos Tessalonicenses (1Ts) é o mais antigo escrito do Novo Testamento. Paulo escreveu esta carta à igreja de Tessalônica, que ele fundou, acompanhado por Timóteo, na segunda viagem missionária, por volta de 50 dC. Paulo teve de seguir para Atenas (At 17, 1-9) e, de lá, enviou Timóteo para ver como estava a jovem comunidade. Reencontrou Timóteo de volta em Corinto, e em reação às suas notícias escreveu esta carta com orientações para a comunidade de Tessalônica. É uma verdadeira carta pastoral: o pastor fala, a distância, com seu rebanho, para fortalecê-lo em sua caminhada.
 
A carta possui apenas cinco (05) capítulos. Seu conteúdo geral pode assim ser elencado: 1, 1 saudação; 1, 2 – 3, 13 grata recordação da fundação e da consolidação da comunidade; 4, 1-12 exortação à vida santa; 4, 13-18 a esperança dos cristãos; 5, 1-11 instruções a respeito da nova vinda de Cristo; 5, 12-22 instruções para a vida da comunidade; 5, 23-28 final e bênção.
 
A perícope de hoje apresenta algumas instruções do Apóstolo à comunidade de Tessalônica sobre a forma pela qual devem aguardar a vinda do Senhor: deve ser pautada de alegria e oração constantes (cf. v. 16-17); a principal oração, contudo, deve ser a ação de graças (cf. v. 18). Ademais, a comunidade deve permanecer sempre dócil ao Espírito Santo, acolhendo seus dons e, por eles, discernindo correta e justamente todas as situações da vida presente, guardando tudo o que for bom e se afastando de toda espécie de mal (cf. v. 19-22). Vivendo assim, todos os membros da comunidade estarão sendo santificados integralmente pelo Bom Deus e terão condições de aguardar cristãmente a vinda do Senhor (cf. v. 23-24).
 
 
Evangelho: Jo 1, 6-8.19-28
 
A perícope evangélica de hoje é composta por duas partes bastantes distintas, porém, complementares e continuam a temática do domingo ado sobre a figura de João Batista e seu ministério de preparar o povo para a vinda/acolhida do Messias.
 
João Batista, testemunha da luz (v. 6-8): este trecho forma parte do Prólogo do Evangelho de João (Jo 1, 1-18), onde Jesus é apresentado como palavra/verbo de Deus e luz. No projeto divino de dar vida a tudo o que existe (cf. v. 1-5), João Batista é inserido e apresentado: ele é um homem, enviado por Deus (v. 6) e sua missão é a ser dar testemunho da luz a fim de que as pessoas pudessem crer através de seu ministério (v. 7). Apesar de seu pronto sucesso na atividade missionária, o Batista não era a luz, mas, sua testemunha (v. 8).
 
O testemunho do Batista (v. 19-28): este trecho, por sua vez, é a introdução do Livro dos Sinais, parte narrativa de Jo 1, 19 – 12, 50. O pano de fundo deste trecho é a inquirição feita por representantes de Jerusalém, levitas e fariseus, sobre a identidade João, ocorrido em Betânia, do outro lado do rio Jordão (v. 28). Levitas e sacerdotes querem saber quem é João, perguntando simplesmente “Quem és tu?” (v. 19). João Batista, então, confessa sua identidade: não é o messias, nem Elias (o profeta que deveria preparar o dia do Senhor) e nem o profeta (termo identificado como o segundo Moisés) [cf. v. 20-21]. Das respostas negativas, os mesmos interrogadores insistem e pedem que ele diga quem ele é (cf. v. 22). Sabedor de si e de sua vocação, João se apresenta com as palavras de Isaías (cf. Is 40, 3), ou seja, ele é apenas a voz que anuncia uma mensagem: preparai o caminho para o Senhor (cf. v. 23). Portanto, João sabe-se apenas um instrumento através do qual Deus comunica com seu povo a chegada do tempo messiânico.
 
O segundo grupo de interrogadores do Batista, formado por fariseus, diante das respostas negativas do interrogado, põem a pergunta sobre o motivo do batismo, já que João não era ninguém (cf. v. 24-25). Esta segunda inquirição dá a oportunidade para que o Batista aprofunde mais seu testemunho: João apenas istrava um rito de penitência que marcava a chamada à conversão das pessoas, todavia, ele é apenas um ponto de partida, pois, há aquele que virá em seguida e é o mais forte e as autoridades ainda o desconhecem (cf. v. 26-27).
 
Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R.

 

 

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