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12º Domingo do Tempo Comum – Ano A19/06/2020 h262b

 “Não tenhais medo!” (Mt 10, 31a)

 
Tema central da Liturgia da Palavra
 
O centro da liturgia de hoje é o testemunho cristão da beleza e dos valores do Reino de Deus nas dificuldades e perseguições. Porém, é necessário ter em mente que as dificuldades e perseguições ocorrem na vida do discípulo-missionário do Reino por conta do incômodo que a luz causa às trevas, que a verdade causa à mentira; como os inimigos do Reino muitas vezes têm poderes escusos, infligirão duras penas àqueles que testemunham e vivenciam o projeto de Deus em suas vidas. Ao discípulo que sofre por causa do Reino, a fé na vitória do bem sobre o mal (Segunda Leitura) e a confiança de que Deus está constantemente acompanhando seus os (Primeira Leitura, Salmo e Evangelho) lhe dá a firmeza necessária para continuar firme em seu bom propósito e perseverar em todas as circunstâncias da vida!
 
 
1ª Leitura: Jr 20, 10-13
 
A Primeira Leitura apresenta um trecho das “Confissões de Jeremias”. O contexto é a prisão do profeta por conta de suas denúncias de que o povo, por conta das más lideranças, estava em grande pecado de idolatria, injustiça social e tinham esquecido a Palavra de Deus, assim, o profeta anunciava a desgraça que adviria, como castigo divino, sobre Judá por meio da Babilônia (cf. Jr 19, 14 – 20, 6).
A realidade do profeta, preso porque as pessoas não mais avam suas denúncias – “Terror por toda a parte!” – é extremamente lastimável: ele está só, abandonado até pelos amigos e há um clima de armação de um julgamento a fim de silenciá-lo definitivamente, numa clara aparência de mera desforra, afinal, se o profeta denunciou os pecados do povo, justo seria que ele pagasse tal insulto com a morte (cf. v. 10).
Não obstante sua terrível situação, o profeta Jeremias sabe em nome de quem ele exerce sua vocação: ele sabe quem é Deus e que este está com ele (v. 11a) e, justamente por isso, tece um salmo de súplica individual que já expressa sua confiança no Senhor (v. 11-13). Jeremias tem a consciência de que é um pobre (cf. v. 13b) e justo (cf. v. 12a) que sofre injustamente a perseguição de malvados que fracassarão (cf. v. 11b). À certeza de sua vitória, o profeta, mesmo ainda preso e sofrendo, já canta seus louvores ao Bom Deus (cf. v. 13a).
 
 
Salmo 68 (69), 8-10.14.17.33-35 (R./ 14c)
 
Este é um salmo de súplica individual. O contexto de nascimento destes salmos é o de adoração e culto. Entretanto, o salmista vivenciando a angústia de uma situação limite que coloca sua vida em risco, tece seu lamento suplicante a Deus para que venha em seu socorro.
 
 
2ª Leitura: Rm 5, 12-15
 
A perícope de hoje encontra-se no centro da carta, ou seja, apresenta a teologia da justificação em Cristo que propõe a salvação universal. De forma didática Paulo apresenta a opção da humanidade pelo pecado (Adão) em oposição ao caminho do Cristo que a reorienta para o projeto salvífico de Deus. Assim, enquanto Adão representa toda a humanidade que vive longe de Deus por não optar por seu projeto e, consequentemente, colher diariamente o fruto amargo do pecado que é a morte (cf. v. 12-14); Jesus Cristo é o modelo por excelência daquele que opta pela radical obediência ao projeto divino e, com isso, reconduz toda a humanidade ao rompimento com o pecado e alcançar vida em Deus (cf. v. 15-19), demonstrando assim, que a graça da misericórdia foi copiosamente superior ao pecado cometido pela humanidade.
 
 
 
Evangelho: Mt 10, 26-33
 
O evangelho de hoje nos apresenta a sequência do Sermão da Missão – este grande sermão compreende todo o capítulo dez da narrativa de Mateus. É interessante notar que após a eleição dos Doze (Mt 10, 1-4) e seu consequente envio missionário (Mt 10, 5-15) há a constatação de que os missionários do Reino serão enviados “como ovelhas para o meio de lobos” (Mt 10, 16a), ou seja, embora haja a enorme dignidade da vocação de missionário, esta também engloba a dramática realidade da perseguição por parte dos inimigos de Deus (cf. Mt 10, 16-25).
Não obstante esta dura, mas real situação, os missionários do Reino não devem temer os inimigos e perseguidores (v. 26a), pois, o missionário age na transparência e na verdade, diferentemente dos que fazem o mal e agem na mentira e nas trevas (v. 26b). Portanto, apesar da oposição e perseguição imposta pelos inimigos do Reino, os missionários devem se manter firmes em sua forma de agir: na verdade, na transparência e no público. Daí, devem publicar aberta e sonoramente diante de todos tudo o que ouviram e aprenderam de Jesus (v. 27).
A perseguição dos inimigos do Reino de Deus não deve ser temida pelos missionários, pois, eles só matam o corpo (v. 28a): estes só causam dano ao corpo, mas, não à alma e, por seus males cometidos, receberão o justo julgamento, afinal, Jesus já havia deixado claro que nada permanece oculto (cf. v. 26). Ademais, o valor de cada um dos missionários do Reino de Deus é incalculável (cf. v. 29.31) e toda a sua existência está guardada nas mãos do Pai que os protege constantemente (cf. v. 30).
Contudo, os missionários devem temer aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno (v. 28b), ou seja, o diabo: o diabo sim deve ser temido, pois, ele pode destruir a pessoa inteira, mas, não nesta vida, só inferno, o que já antecipa a conclusão de nossa perícope no v. 33, isto é, o discípulo-missionário deve temer a renúncia do Cristo, pois, esta seria sua condenação por não crer e, consequentemente, não aceitar o projeto de vida plena de Jesus e do Reino de Deus. E aqui está realmente o ato de fé do discípulo-missionário do Reino: mesmo nas dificuldades e tentações da vida, este tem sempre a opção de permanecer firme em seu caminho e, se assim o fizer, testemunhando sua fé e adesão ao Reino de Deus, assumindo sempre mais seus valores em sua existência diante de todas as pessoas, Jesus também dará testemunho favorável dele diante do Pai (v. 32) o que, em última análise, significa que receberá a salvação e a vida eterna!
 
Autor: Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R.
 
 
 

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