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Economia de Francisco e Clara22/06/2023 43d5v

 

 

A Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara - ABEFC, no dia 02 de outubro, data comemorativa do 2º Encontro Virtual Global da Economia de Francisco e Clara sobre o “Encontro de Assis”, divulgou os '10 Princípios da Economia de Francisco e Clara', que tem como objetivo ser subsídio condutor na caminhada de construção da Economia de Francisco e Clara.
Animados/as na prática organizativa, os princípios expressam a vocação da Economia de Francisco e Clara em ser o espaço de trocas e vivências que tenha a motivação de contribuir à concretização de outras economias possíveis.
Este processo foi construído com a participação de representações de todas as regiões do Brasil.
 
Princípio 1 – Cremos na Ecologia Integral
(Palavra-Chave: Ecologia Integral)
Cremos em uma ecologia integral, que reconheça as relações humanas, sociais, ambientais, políticas e econômicas, que esteja respaldada nos valores franciscanos e clarianos, que garantam a vida em sua dignidade, e que não seja nociva aos demais seres. Que parta do fundamento de que tudo aquilo que existe e vive deve ser respeitado. 
Princípio 2 – Cremos no Desenvolvimento Integral
(Palavra-chave: o desenvolvimento integral)
Cremos que só é possível pensar em desenvolvimento aliado ao cuidado da criação, com a participação dos empobrecidos nos processos de construção das políticas sociais e econômicas. Cremos, assim, no desenvolvimento humano integral como princípio fundamental das mudanças estruturais necessárias, o qual pressupõe a soberania dos povos e a luta nos territórios, e sugere uma economia solidária, fraterna, ecológica e democrática (Fratelli Tutti, 169).
Princípio 3 – Cremos em alternativas anticapitalistas
(Palavras-chaves: anticapitalismo e bem viver)
Cremos no Bem Viver porque o capitalismo é um sistema econômico cujas leis próprias geram exclusão e desigualdade (Evangelii Gaudium, 53), pelo que se faz um sistema inável, e que precisa ser superado, juntamente do colonialismo e do patriarcado. Cremos que um suposto “capitalismo inclusivo” é contraditório com a opção pelo respeito à criação e por uma ecologia integral e não é a resposta para a crise que vivemos. Cremos, portanto, que o bem viver é a filosofia prática que nos faz caminhar na direção da nova economia construída sob o paradigma da igualdade, da sustentabilidade e da cidadania. 
Princípio 4 – Cremos nos Bens Comuns  
(Palavras-Chaves: Bens Comuns e papel do Estado)
Cremos nos Bens Comuns porque o neoliberalismo, versão contemporânea do capitalismo, acentuou as características de uma economia que mata, com a idolatria ao capital e ao mercado; cremos se tratar de um pensamento limitado, que recorre à mágica teoria do “gotejamento” como única via para resolver os problemas sociais, a qual, por sua vez, não funciona, pois o mercado não regula tudo (Fratelli tutti, 168); pelo contrário, torna a política refém de uma economia tecnocrática (Laudato si, 189), e prejudica o necessário papel do Estado na garantia dos direitos sociais inalienáveis, pois privatiza direitos e estatiza prejuízos.  
Princípio 5 – Cremos que ‘Tudo está interligado’
(Palavra-chave: Crise Ecossocial)
Cremos que a superação da crise se dá por caminhos onde tudo está interligado, inclusive as soluções diante da crise socioambiental que possuem implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas, políticas e que afetam principalmente os empobrecidos (Laudato si, 25), os povos originários e tradicionais.
Princípio 6 – Cremos na potência das periferias vivas
(Palavra-chave: as periferias como ponto de partida)
Cremos que o caminho de reconstrução de novas economias e pelas “sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão” (Papa Francisco). Cremos que é nas periferias que germinam as experiências revolucionárias que brotam das lutas emancipatórias dos movimentos sociais, das comunidades de base, dos povos originários, das articulações populares, e de tantos outros afins.
Princípio 7 – Cremos na economia a serviço da vida
(Palavra-chave: realmar a economia)
Cremos na urgente necessidade de realmar a economia, colocando no centro das relações sociais a vida em sua diversidade e dignidade, na construção de uma nova sociedade mais igualitária, onde mulheres, crianças e adolescentes, negras e negros, povos originários, comunidades LGBTQIA+ e todos os demais grupos oprimidos tenham seus corpos respeitados e direitos garantidos, pautando-se pelos valores da sororidade/fraternidade universal, diversidade do sagrado, justiça social, paz e sustentabilidade.
Princípio 8 – Cremos nas Comunidades como Saída
(Palavra-chave: Território e práxis)
Cremos que a territorialidade, entendida como o espaço de vivência concreta no cotidiano, tem um papel crucial na construção de novas práticas econômicas. Cremos que é desde o chão da existência real e da práxis que se forja o ser político social, potencializando os saberes e fazeres por meio do protagonismo dos atores locais sendo parte da ação necessária à mudança macro-territorial. Cremos que a decolonização começa por uma reparação histórica, e deve se constituir na luta pelos direitos territoriais sagrados dos povos originários e quilombolas. Cremos na práxis de libertação que valorize efetivamente a pluralidade cultural contra toda a desterritorialização dos periféricos, dos camponeses, migrantes e outros marginalizados.
 Princípio 9 – Cremos na Educação Integral
(Palavra-chave: Pacto Educativo Global)
Cremos numa educação pública, gratuita, inclusiva, inovadora, libertadora, ambiental e artística, que atenda às necessidades da sociedade, e que possibilite a aprendizagem de pessoas reflexivas e críticas. Cremos na educação popular como síntese da cultura do encontro. Cremos que o ensino, a pesquisa e a extensão devem estar sempre direcionadas à novas economias, e que a educação básica deve estar integrada na mesma perspectiva.
Princípio 10 – Cremos na solidariedade e no clamor dos povos
(Palavra-Chave: movimentos sociais)
Cremos numa economia sustentável, democrática e fraterna, que rompa com as desigualdades sociais, proporcione a emancipação humana e garanta o direito à terra, ao teto e ao trabalho, construindo mecanismos de geração de renda que fortaleçam a cooperação, a associação e a autogestão. Cremos numa economia pautada na justiça social, que reconheça as diversidades, e que crie redes entre os movimentos sociais a partir dos princípios da economia solidária e agroecológica.
 
 
Fonte: Vatican News
 
 
 

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