AFONSO: LIÇÕES PARA O NOSSO TEMPO!30/07/2022 6o5v1s
Celebramos nosso fundador Santo Afonso em meio aos os finais para consolidar o processo de reconfiguração da Congregação Redentorista. Retomando o itinerário de Afonso, percebo que ele tem muito a nos ensinar acerca de nossa postura neste tempo tão desafiante. Sintetizo em 4 pontos:
1) OUSADIA PASTORAL: Afonso deixa tudo para seguir o chamado-provocação de Deus. Com mais dois companheiros, montando um burrico, deixa a cidade, os amigos, a fama e o sucesso garantido. Tem coragem de mudar seus planos, abraçando o grupo dos cabreiros de Scala. “O Espírito do Senhor está sobre mim. Ele me ungiu e me enviou para proclamar a Boa Nova aos pobres” . . .
2) PRESENÇA JUNTO AOS POBRES: Enfim, Scala. Começa o tempo fecundo de consolidar uma opção. Reuniões, orações sobre o novo projeto, a missão que agora se inicia. Um novo grupo de evangelizadores dos abandonados? Mas, para quê? Nápoles já tinha tantas Congregações! Afonso também fizera para si mesmo todas essas perguntas. Mas havia os que ninguém abraçava, porque eram pobres, que só entendiam de cabras. Gente que não dava retorno algum. Só incômodo, despesas e sacrifício. Por isso, viviam abandonados. E o grupo dos congregados do Santíssimo Redentor era para eles.
3) CRIATIVIDADE MISSIONÁRIA EM SAÍDA: Uma característica do grupo: não morar fora e longe dos abandonados. As residências do grupo serão o mais próximo possível dos pobres. Assim, o grupo poderá girar mais facilmente entre eles e eles poderão participar mais da vida dos Missionários. Irão às suas Igrejas, reunir-se-ão em suas casas para os exercícios espirituais… Não apenas pregam missões: a comunidade, a casa, tudo é missão e missão contínua. Assim, os Redentoristas continuam Jesus Redentor, que armou sua tenda no meio de nós.
4) MORAL FUNDAMENTADA NA ACOLHIDA MISERICORDIOSA: Diante de uma mentalidade rigorista, que colocava a lei e o pecado em primeiro lugar, Afonso faz da pastoral, e principalmente da moral, a moral do amor de Deus que se transforma em misericórdia. Afonso convida a uma resposta de amor. E o amor misericordioso de Deus revela-se de modo especial no sacramento da Reconciliação. Esse sacramento será marcante em sua vida. É o homem da escuta aberta, amiga, amorosa. O homem da reconciliação. Ele dizia que o confessor deve ser “rico de amor e suave como o mel”. Em 1950, o Papa Pio XII o declarava padroeiro dos confessores e dos moralistas.
Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.
Superior Provincial Redentorista - RJ-MG-ES