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VIVER MISTÉRIO PASCAL COMO REDENTORISTA01/04/2021 3w283g

 

 

Impactados pela pandemia, que já ceifou a vida de mais de 321.000 irmãos e irmãs brasileiros (66.868 somente em março!), celebramos a semana maior de nossa fé. Alguns poderão se lamentar pelas Igrejas vazias ou com a assembleia diminuída em seu número. Outros poderão se recordar das belas e piedosas cerimônias próprias deste tempo. Penso que nós, Missionários Redentoristas, somos convidados a assumir a realidade ferida que se apresenta aos nossos sentidos e perceber a presença de Deus na experiência da fé aí vivida.
 
A vida de Jesus Cristo foi uma “existência para os outros”, estabelecida em sua doação constante aos feridos: pobres, marginalizados e pecadores. Essa entrega de si perdura continuamente até sua morte: “Isto é meu corpo, que é por vós” (1Cor 11, 24b). “Este é meu sangue, o sangue da Aliança, derramado pela multidão” (Mc 14, 24).
 
Contudo, a solidariedade de Cristo com a humanidade tem algo específico e singular, que a diferencia de qualquer outro gesto de solidariedade realizado na história, por outros homens e mulheres: Jesus morre “em nosso lugar”. Ou seja, Jesus salva a humanidade ao experimentar e superar na condição humana o distanciamento que o pecado produziu entre a humanidade e Deus. Ele faz com que o amor de Deus exista e se torne ativo justamente no “lugar dos pecadores”, no lugar do “ser que está distante de Deus”.
 
Sabemos que o sofrimento é inevitável à vida humana. A única alternativa que nos resta é optar entre a cruz absurda da ausência de sentido e a cruz de Cristo; isto é, entre a dor a que nos rendemos, por ser uma contingência natural da vida ou por nos ser infligida, e a dor que abraçamos como participação na Paixão de Cristo, a partir de uma perspectiva de fé. Por si só, o sofrimento não tem sentido; é a fé que lhe atribui um valor salvífico.
 
Para alguém que chegasse a duvidar do amor de Deus, Santo Afonso recomendava: olhe para a cruz. Ela não a dúvidas, é a revelação máxima do amor de Deus, elemento essencial na cristologia afonsiana. O Cristo de nosso fundador é um Cristo embebido por uma "kénosis" constante, desde o início de sua vida. A encarnação seria o início do aniquilamento que tem seu cume na cruz. A encarnação e a morte são duas faces do mesmo mistério: a entrega do Filho ao Pai e a nós.
 
A morte de Jesus não é necessidade predeterminada. Ela é uma conjugação das vontades salvíficas do Pai e obediência do Filho. A hora da paixão não era a hora em que a onipotência de Deus estava escondida, mas era a hora de sua máxima revelação. Na cruz o amor de Deus triunfa e a nossa redenção torna-se copiosa.
 
Como bem nos recorda Dom Noel Londoño em sua tese: “para redimir e para salvar-nos não era indispensável a morte de Jesus; mas para entregar-nos totalmente e fazer-nos entender seu amor, era necessário que chegasse até a cruz”. Ou seja, a redenção não é simples satisfação, mas superabundância de amor.
 
O dado objetivo de nossa salvação é Jesus Cristo; a sua realização mais expressiva é sua morte na cruz. Para o humano, esse é o prêmio. Agora, resta praticar e retribuir esse amor porque o amor busca o amor. A salvação é não colocar obstáculos à ação amorosa de Deus em nossa vida concreta. Experimentar o amor de Deus trata-se de algo que deve movimentar internamente a pessoa humana, levando-a a uma orientação profunda de sua vida para Deus na prática da caridade.
 
Diante desse quadro, toda a Família Redentorista deve ser um profeta que clama ao mundo ferido, testemunhando o amor misericordioso de Deus e denunciando o que não está em conformidade com a mensagem de Cristo e seu Evangelho. Com isso podemos exclamar: “Cristo ressuscitou verdadeiramente, aleluia!”. Ou seja, o carisma de Santo Afonso e de seus filhos e filhas redentoristas continua atual e tem seu lugar na história da humanidade e da Igreja.
 
Feliz Páscoa a todos que fazem parte da grande Família Redentorista! Renovemos a nossa consagração no sangue do Cordeiro. Ressignifiquemos a vida religiosa no túmulo aberto do Ressuscitado. E sigamos avante nestes 70 anos de fundação da Província do Rio, vislumbrando o futuro com esperança. Afinal, “a esperança não decepciona!” (Rm5,5). 
 
 
Pe. Nelson Antonio Linhares de Souza, C.Ss.R.
Animador Provincial da Província de MG/RJ/ES
 
 
 
 
 

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