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Padre Marlos Aurélio19/05/2020 5y131r

 

Entrevista com o Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R.,
Superior Provincial da Unidade Redentorista de São Paulo.
 
 
 O Superior Provincial da Unidade Redentorista de São Paulo 
revela traços da reestruturação na Congregação Redentorista e
dá pistas do caminho a ser percorrido para a efetivação deste processo.
 
 
Província do Rio – O que podemos esperar da reconfiguração pela qual toda a Congregação Redentorista está ando?
Pe. Marlos – Esse é um processo que a Igreja e as Congregações, de tempos em tempos, são obrigadas a viverem. Obviamente são dados outros nomes, mas o processo é o mesmo, ou seja, para continuarem existindo as instituições eclesiais precisam continuamente se reinventarem em vista de serem fiéis à finalidade que as fizeram surgir. Para nós, Missionários Redentoristas, não poderia ser diferente. Nosso contexto atual exige respostas a inúmeros desafios para que a evangelização aconteça.
A esperança é que a Reestruturação, que por conseguinte desembocará em uma nova configuração das Unidades – Reconfiguração, nos ajudará a demonstrarmos a pertinência da nossa Missão e do nosso Carisma Missionário ao mundo. Sempre nos é recordado que todo esse esforço que estamos realizando é em vista da Missão. E de fato não poderia ser diferente! Se a Igreja existe em razão da missão, para a Congregação Redentorista essa é também sua seiva. Portanto, a Reestruturação não visa criar facilitações de bem-estar para os congregados ou salvar patrimônios históricos, por mais valiosos e afetivos que eles sejam para nós. O escopo principal é implantar um novo dinamismo no corpo missionário que tem uma identidade específica dentro da Igreja e que quer e pode oferecer sua contribuição para que o anúncio da Copiosa Redenção continue acontecendo, sobretudo aos pobres mais abandonados!
Por fim, penso que para darmos esse o teremos de fazer algumas renúncias porque vamos ter de estabelecer algumas prioridades missionárias, apostólicas etc. Caso contrário, tudo continuaria do mesmo modo como está. Assim, podemos itir que a Congregação que conhecemos atualmente não será a mesma daqui uma década. Para quem sofre com transformações será muito traumático todo esse processo! Mas vejo nisso tudo uma grande oportunidade de nos tornarmos mais coerentes e fiéis à nossa vocação missionária. Acima de tudo, precisamos aceitar que as estruturas são sempre meio, jamais fim. Em qualquer configuração institucional que houver poderemos ter espaço e liberdade para trabalhar pelo Reino de Deus! Assim, esperamos que seja um tempo de graça e crescimento para todos nós!
 
Província do Rio – Como tem acontecido o processo para a unificação da nova Unidade RJ-SP-BA?
Pe. Marlos – Estamos dando os os necessários para a unificação de maneira prudente, cautelosa e muito participativa. Se não fosse assim os confrades se sentiriam alijados do processo. E tudo que é imposto por decreto, um dia é deposto! Portanto, temos de respeitar os ritmos de cada pessoa e grupo e envolvê-los o máximo possível. Mesmo sabendo que alguns poucos confrades sempre restarão à margem, mas não por falta de oportunidade, e sim por opção.
Seja por parte do Governo Geral, como da Conferência dos Redentoristas da América Latina e Caribe e das nossas Unidades temos conversado muito e feito muitas reuniões para encontrar os melhores caminhos de efetivação deste projeto.
Como é de praxe a metodologia de trabalho consistiu em constituir sub-comissões de trabalho para as diversas áreas da nossa vida redentorista, tais como: jurídico-canônica, istrativa, formação, pastoral vocacional, pastoral, leigos, integração comunitária e mídias. Essa é uma forma de envolver um maior número de confrades e favorecer que haja contribuições que enriqueçam nosso olhar e análise.
O o seguinte é o de tais sub-comissões apresentarem o resultado daquilo que delinearam para a Comissão Central formada por representantes das três Unidades (BA, RJ e SP). Esta, de posse de todo os resultados, organizará uma Assembleia Geral com membros das três Unidades para deliberarem por qual direção desejam trilhar.
Portanto, em síntese, podemos considerar que temos buscado realizar a unificação de maneira muito participativa e num ritmo respeitoso – visando nosso conhecimento mútuo e tendo uma verdadeira comunhão de vida, considerando o ideal missionário que nos é comum!  
 
Província do Rio – Quais são suas expectativas para essa revitalização da missão Redentorista, especificamente em nossa região?
Pe. Marlos – São as melhores possíveis! Temos um campo geográfico vasto para fazermos crescer nossa presença e atuação. Seremos a Nova Unidade com forte potencial evangelizador – para a região mais populosa da federação e que comporta também os desafios mais exigentes.
Nossa Província de São Paulo, apesar de seus limites, sempre teve muita abertura e disposição tanto para ir, como para acolher confrades de outras Unidades. De modo que não nos estranha esse intercâmbio que começaremos a ter com RJ e BA. Além disso, temos uma porcentagem considerável de confrades aqui que são mineiros, como a maioria da Província do RJ. Tudo isso contribui para uma integração saudável e amistosa.
Quando se evoca o fato de nossas origens históricas serem diferentes, não vejo isso como problema ou limite. A diferença sempre nos complementa e enriquece! Afinal de contas, importa mais o que somos e queremos construir agora no presente. Já não teremos mais holandeses nem alemães entre nós. Eles, como europeus que eram, fizeram a história deles e deram a sua contribuição, deixando também suas marcas. Todavia, daqui em diante seremos nós, os brasileiros (em sua grande maioria) e poloneses que iremos construir juntos uma nova etapa da história missionária nessa região que nos coube! Creio que nada impede nem prejudique que caminhemos juntos e bem!
 
Província do Rio – Apresente-nos, brevemente, a Província de São Paulo!
Pe. Marlos – Nossa Província tem seu início com os Redentoristas alemães que desde cedo acreditaram e investiram nas vocações brasileiras. Ao longo desses anos, existimos como Província há 76 anos, conseguimos adquirir uma diversidade e complexidade muito grande de trabalhos e frentes pastorais. Podemos considerar que duas características marcantes do nosso grupo missionário foram sempre o de cuidar e defender a religiosidade popular (daí o trabalho ininterrupto das Missões Populares e Santuários) e de valorizar e capacitar os confrades para o trabalho pastoral (investimento nos estudos de capacitação).
Ao mesmo tempo que enfrentamos inúmeros desafios, por sermos ainda uma Unidade numerosa, temos também muitos confrades generosos e dedicados. Jamais duvidamos da importância e relevância do trabalho apostólico que realizamos dentro desse território que forma a Província. Certamente que poderíamos ter feito muito mais do que fizemos até agora, sobretudo para pobres e as periferias.
Vivendo e trabalhando na Província temos cerca de 170 confrades; nossos formandos são 80 (dentre esses 18 professos de votos temporários). São 21 casas que formam 19 comunidades canônicas.
 
Província do Rio – Conte-nos sobre a relação do Santuário Nacional de Aparecida com os Missionários Redentoristas!
Pe. Marlos – O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida está na origem e na identidade da Província Redentorista de São Paulo. Pois foi em razão desse trabalho em específico que os redentoristas alemães vieram para Aparecida e Goiás. No entanto, estando ali há mais de 125 anos, ou seja, desde 1984 eles puderam projetar nacionalmente a nossa marca redentorista para todo o Brasil. Não mencionamos isso de modo presunçoso ou orgulho, mas para explicar que o Santuário Nacional de Aparecida remete diretamente para os Redentoristas. Isso é por consequência um fator benéfico e positivo para todos os redentoristas. Antes de pertencermos a esta ou aquela Unidade, somos Missionários Redentoristas! O que não podemos colocar em dúvida ou sob suspeita é que gozamos de uma grande graça, e ao mesmo tempo, temos uma grande responsabilidade ao realizarmos esse serviço à Igreja do Brasil, enquanto Redentoristas!
Ademais, os que tem um conhecimento mais lato e global da C.Ss.R. sabem muito bem que não existe em nenhuma unidade do orbe redentorista uma complexidade e diversidade tão grande de trabalho que esteja sob nossa responsabilidade como a que encontramos em Aparecida. Pois além do Santuário, mas ligado a ele, temos: TV Aparecida, Rádio Aparecida, Portal A12, Editora Santuário, Seminários, Obras Sociais etc. O que exige e requer gente preparada e disposta para trabalhar!
 
Província do Rio – Deixe uma mensagem para nossos internautas!
Pe. Marlos – A História da humanidade chegou a um estágio que nos permite perceber que temos de nos ajudar mutuamente se queremos realizar algum bem. Ninguém é melhor do que ninguém! Temos dons diferentes que, quando colocados a serviço uns dos outros, favorecem a todos! Enfim, quando nos irmanamos de verdade, somos capazes de fazer muitas coisas significativas e duradouras. Isso vale para o âmbito religioso-missionário, mas para todos os demais da vida humana. Portanto, não percamos tempo e aproveitemos a chance para semear e fazer o bem através da nossa Missão e da nossa vida redentorista! A Reestruturação poderá ser essa grande oportunidade, e isso dependerá sobretudo de nós!
 

 

Foto: Thiago Leon

 

 
 

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