Há mais de uma década dedicando-se ao serviço istrativo na Congregação Redentorista, Pe. Carlos Viol, C.Ss.R., Missionário da Província do RJ-MG-ES, sabe que as responsabilidades de seu cargo como Ecônomo Geral são enormes. Os desafios aumentam com os impactos que a reestruturação da Congregação deverá causar na vida econômica e istrativa da instituição. O Manual de Finanças é citado pelo Redentorista como uma das ferramentas para lidar com esse processo. O projeto será reado às Unidades através de encontros de formação para todas as Conferências. Confira a entrevista:
Província do Rio - O senhor está há 11 anos trabalhando em Roma. Como tem sido essa experiência?
Pe. Viol - É uma experiência de crescimento humano muito interessante porque além da mudança cultural, ei também por uma mudança de foco do trabalho pastoral para o istrativo. Primeiro como ecônomo da casa dos redentoristas e depois como ecônomo geral da Congregação. Então, vocacionalmente, teve essa mudança de perspectiva.
Província do Rio - Em que consiste o seu trabalho como Ecônomo Geral?
Pe. Viol - O trabalho engloba situações do cotidiano – como organizar contas bancárias e manutenção do prédio – aluguel de imóveis, e também a relação com as Províncias, que são, atualmente, cerca de 70 unidades (mas que com a reestruturação deve cair para 33), no que tange ao envio de recursos à Roma, pedido de transferências, contas e relatórios.
Província do Rio - Em que consiste o Manual de Finanças, desenvolvido para as Unidades Redentoristas?
Pe. Viol - Foi um pedido do Governo Geral. O documento de trabalho já foi aprovado e em 2020 as Conferências terão encontros de formação para os ecônomos e superiores. A Conferência da América Latina e Caribe, que inclui a nova Unidade Redentorista RJ-SP-BA, deve participar em agosto dessa formação global do manual de economia com o Economato Geral. Com esses workshops, vamos dar orientações de como organizar as finanças na Província, os princípios pastorais, etc., usando uma linguagem comum para a prática da istração dos bens, mas respeitando cada unidade. Com isso, esperamos aprimorar o manual para que ele seja aprovado no Capítulo Geral de 2022.
Província do Rio - Com a função istrativa, como ficam suas atividades religiosas?
Pe. Viol - O aspecto religioso é normal. Temos uma vida de oração dentro da comunidade e, em alguns momentos, dentro do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas ele é mais do ponto de vista pastoral. A minha atuação de apostolado atualmente é no serviço da economia e istração.
Província do Rio - Quais são os principais desafios que o senhor enfrenta nesta função?
Pe. Viol - No início, foi a adaptação à cultura externa e à língua. Hoje, são as especificidades do trabalho e a responsabilidade de cuidar da istração de toda a Congregação e responder legalmente pela instituição diante do governo italiano. Mas o grande desafio do Economato Geral neste ano está na linha da reestruturação, com os workshops sobre o manual de economia, e o impacto que a reestruturação vai causar na vida econômica e istrativa da Congregação.
Província do Rio - Como o senhor acompanha as atividades da Província do Rio aí de Roma?
Pe. Viol - Através das redes sociais da Província, do Akikolá (informativo provincial), das circulares, companhias e dos próprios confrades, que partilham as notícias comigo. Procuro acompanhar o máximo que posso!
Província do Rio - Quais são seus planos para este ano?
Pe. Viol - Nós temos a previsão de um substituto que já se encontra em treinamento. Acredito que até o final do ano ou fevereiro de 2021 ele já estará pronto para assumir o cargo. A partir de então, tenho duas possibilidades: de retorno à Província do Rio ou, caso seja aprovada a reforma da Casa Santo Afonso, é provável que eu seja o responsável pela execução do projeto.