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Querida Amazônia segundo Cardeal Tobin26/02/2020 4t5d1c

 

 

Declaração do Cardeal Joseph W. Tobin, C.Ss.R. sobre ‘Querida Amazônia’, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco
 
 
 
Durante meus anos de serviço à minha comunidade religiosa, a Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas), tive o privilégio de visitar missionários em mais de 70 países diferentes em todo o mundo. O que aprendi dessa experiência foi que todo(a) missionário(a) é chamado(a) a 1) amar as pessoas que ele/ela serve, 2) respeitar suas tradições, costumes e experiências de vida, 3) ajudar a construir comunidades locais e denunciar todos os esforços para explorar seus recursos naturais, e 4) ser o rosto de Jesus encarnado em seu meio. Onde os missionários são capazes de realizar esses objetivos, seu ministério floresce, as sementes são plantadas e as comunidades sobrevivem e crescem mesmo diante de enormes obstáculos.
 
Depois de muitos meses de oração, escuta atenta e reflexão cuidadosa sobre as discussões do Sínodo Especial dos Bispos realizado em Roma de 6 a 27 de outubro de 2019, sobre os desafios e oportunidades colocados pelo ministério com os povos da região amazônica, o Papa Francisco reafirmou esses quatro elementos essenciais do discipulado missionário. Ele chamou nossa atenção para o imperativo do Evangelho de compartilhar a luz de Cristo com todos os povos do mundo inteiro, inclusive nossas amadas irmãs e irmãos da Amazônia.
 
Como nos lembra o Papa Francisco: “A Amazônia é um todo plurinacional interligado, um grande bioma partilhado por nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana sa. Todavia dirijo esta Exortação ao mundo inteiro. Faço-o para ajudar a despertar a estima e solicitude por esta terra, que também é «nossa», convidando-o a irá-la e reconhecê-la como um mistério sagrado”. (QA, n. 5)
 
O "grande bioma", que é a região amazônica, é "nosso", diz o papa. Mas não é nosso de forma exclusiva ou proprietária. Em primeiro lugar, pertence aos povos que são nativos dessa região. Sua triste história de deslocamento, exploração e abuso clama para o mundo inteiro. Nossa resposta deve ser de solidariedade comiva, e devemos nos comprometer a caminhar com nossos irmãos e irmãs enquanto trabalham para preservar a beleza natural da região e, sempre que possível, restaurar as riquezas ameaçadas por ideias gravemente equivocadas de "progresso" econômico e cultural.
 
O Santo Padre recomenda a todos nós o Documento Final da Assembleia Especial dos Bispos para a Região Pan-Amazônica de outubro ado: “A Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral.” Aqui encontraremos discussões sólidas sobre as responsabilidades da Igreja e as diferentes abordagens possíveis (algumas controversas) a respeito do ministério efetivo entre os povos da região.
 
O objetivo do Papa Francisco é mais amplo e profundo do que os relatórios da mídia e os comentários de especialistas sugerem. Ele pede a todos nós que sejamos discípulos missionários que 1) amam esses irmãos e irmãs nossos, 2) respeitam a dignidade humana deles, 3) cuidam de nossa casa comum como es da criação de Deus, e 4) são a face de Cristo encarnada em nosso povo, nossas instituições e em nosso empenho de proclamar alegria do Evangelho
 
Como missionário e como bispo, saúdo a sabedoria, paixão e zelo que o Papa Francisco compartilha com o mundo inteiro e cada um de nós, na “Querida Amazônia”. Visitei áreas da Amazônia várias vezes desde 1985, testemunhando a beleza impressionante e a trágica injustiça que o Santo Padre trata tão profundamente nesta Exortação.
 
Que esta bela e desafiadora Exortação do nosso Santo Padre encoraje todas as pessoas de boa vontade do mundo inteiro a ver o povo da Amazônia, a ouvir o grito dos pobres e marginalizados — lá e em todos os lugares – e a agir de forma justa e amorosa para cuidar deles e de nossa casa comum.
 
 
(Cardeal Joseph W. Tobin, C.Ss.R., Arquidiocese de Newark, EUA)
 
Tradução: Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.
 
 

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