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A Teologia da Criação de S. Boaventura09/10/2019 6oz3p


Na próxima sexta-feira, 11 de outubro, às 20h, a Biblioteca Redentorista (Juiz de Fora/MG) recebe o Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R. para o lançamento de seu livro “A Teologia da Criação de São Boaventura: uma necessária comparação entre o Hexaëmeron de São Boaventura (séc. XIII) e o Hexaëmeron de Santo Ambrósio (séc. IV)”.


O livro é fruto da dissertação de Mestrado em História do autor e aborda a interpretação de Santo Ambrósio e de São Boaventura sobre a obra dos seis dias da criação narrada em Gn 1, 1 – 2, 4a. A obra traz uma importante novidade para os estudos medievais: recoloca a temática da criação em seu lugar central na pregação boaventuriana, sobretudo em sua última obra teológica. Segundo o sacerdote, o livro é um “resgate do ado com clara implicação para nossa forma de ser atual”.

 
Nesta entrevista exclusiva, Padre Bruno fala sobre a inspiração em transformar o texto acadêmico em livro e conta mais detalhes sobre o assunto abordado em sua obra.
 
 
Província do Rio - Fale, brevemente, do que se trata a obra e o que o leitor pode esperar deste livro.
Pe. Bruno - O livro trata de duas interpretações sobre o Hexaëmeron – que o leitor mais desavisado não se assuste com este nome, pois, se lê da mesma forma que se escreve, basta pronunciar todas as letras –, ou seja, da interpretação de Santo Ambrósio e São Boaventura da obra dos seis dias da criação narrada em Gn 1, 1 – 2, 4a. Como as obras dos santos são de contextos muito distintos e distantes temporalmente, há uma reconstrução sócio-política-religiosa dos séculos IV e XIII, a fim de que o leitor entenda o modo de produção teológica das duas obras. Porém, o foco do livro é a Idade Média, mais especificamente a forma como Boaventura pregou sobre o Hexaëmeron. Ademais, este nosso livro traz uma novidade no tocante aos estudos sobre Boaventura e sua obra: conseguimos provar exitosamente que esta última obra do teólogo medieval é também sua obra sobre a Teologia da Criação; ao curioso leitor, indicamos a leitura de nossa obra para perceber toda a problemática e a forma como conseguimos esclarecer algo que, até então, ou intocável por diversos especialistas do medievo e São Boaventura.
 
Província do Rio - Quem foi São Boaventura? Qual a sua importância para a Igreja?
Pe. Bruno - São Boaventura foi um importante homem do século XIII. Nascido em 1217 em Bagnoregio, Itália, filho do médico João di Fidanza e Maria di Ritello, foi batizado com o nome de João di Fidanza, mesmo nome do pai. Ainda criança foi acometido por grave doença, mas, por uma promessa de sua mãe a São Francisco de Assis, recuperou plenamente sua saúde. Posteriormente, em 1243, entrou para a Ordem dos Frades Menores e mudou seu nome para Boaventura. Sua entrada para os franciscanos ocorreu após seus estudos de filosofia (1235-1243) quando, ainda leigo, fez-se um sério questionamento vocacional e decidiu-se pelo caminho do Pobrezinho de Assis. De 1243 a 1254, completa seus estudos teológicos em Paris e, automaticamente, assume a cátedra teológica parisiense destinada aos franciscanos até o ano de 1257, ano em que é eleito para o cargo de Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores. Em 1273 foi nomeado cardeal e bispo de Albano e veio a falecer em 15 de julho de 1274. Foi canonizado em 14 de abril de 1482 e proclamado Doutor da Igreja em 14 de março de 1587, recebendo o vocativo de Doutor Seráfico.
Pelo apanhado biográfico de Boaventura é possível perceber que ele foi um grande homem em seu tempo. Religioso e intelectual, atuou de forma contundente e fértil na sociedade. Como Ministro Geral, de forma precisa e ortodoxa, soube guiar a Ordem dos Frades Menores para um sadio desenvolvimento que não traía os princípios de seu Fundador, salvaguardando para o futuro esta importante família religiosa que ava por grande crise. Como intelectual, desenvolveu a ciência teológica com rigor, profundidade, diálogo com os pensamentos circundantes, mas, sempre o objetivo de demonstrar que a Teologia é caminho para a santidade. Como homem de Igreja, viveu sua fé junto aos intelectuais e também ao povo simples, pregando para os grandes e também para os pequenos.
 
Província do Rio - Como surgiu a ideia de escrever um livro com essa temática?
Pe. Bruno - Este livro é resultado de minha dissertação de Mestrado em História, concluído em dezembro de 2018 pela Universitat de Lleida. A ideia de transformar o texto acadêmico em livro surgiu da empolgação de alguns leitores e confrades que tiveram contato com o original, mas, sobretudo, o maior incentivador foi o confrade Pe. Dalton Barros, C.Ss.R., que me desafiou a tornar o texto mais palatável ao público em geral e fazer uma publicação. Devido à qualidade do texto e à boa recepção dos primeiros leitores, aceitei o desafio, traduzi tudo para o português e fiz algumas alterações na forma da escrita. Para além da compreensão intelectual/teológica da Antiguidade Tardia e da Idade Média Central, pensamos que a temática da Criação é fundamental para o cristão de hoje. Assim, ter a iluminação bíblica explicada por dois grandes pregadores de nossa Igreja certamente ajudará muito as pessoas do presente a se colocarem de forma integrada como parte da obra divina. Portanto, é um resgate do ado com clara implicação para nossa forma de ser atual.
 
Província do Rio - Como os interessados podem adquirir o livro?
Pe. Bruno - Em breve colocarei alguns poucos volumes que tenho por conta dos direitos autorais à venda na Igreja da Glória, em Juiz de Fora e quem sabe também na Igreja de São José, em Belo Horizonte. De forma livre, o leitor interessado poderá adquirir seu volume pelo site da Editora CRV e também na Martins Fontes Paulista.

 

 
 

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