Como um Redentorista parte20/01/2024 121y4x
A vocação missionária requer que o Redentorista se empenhe em abrir o coração livre e largamente onde o PROJETO PROVÍNCIA solicita seu trabalho, sempre a firmar o carisma missionário de tempos em tempos. (chance há de repetência...)
Sei o quanto é importante para nós o saber formular esta singela frase: “Preciso ir!” Interessa-nos a vida concreta de enviados a um povo de Deus, compromisso de pertença.
Vivemos neste início de ano, na Província Redentorista Nossa Senhora Aparecida, o partir e o chegar de confrades. Como é surpreendente constatar sobre o que move e sustenta um Consagrado a estilo de Santo Afonso! Esse ato de arrumar as malas e partir revela bastante o mistério da vida missionária. É bem um exercício para o caminho interior de fidelidade. Nova chance de ser feliz, dando certo com outra comunidade, outra ação evangelizadora.
É interessante igualmente observar como o coração inquieto dos que chegam sonha vastos horizontes. Lembro-me do poeta Novalis:
- para onde vamos?
Sempre para casa.
Assim é... Cada comunidade que assimila as partidas, acolhe as chegadas, redefinindo sua direção a algo maior.
Na prática, Comunidade Redentorista e uma Paróquia Redentorista nutrem seu espírito com as alegrias das obras realizadas pelo caminho percorrido até então. E renovam a Esperança de um novo caminhar.
Assim, no ritmo deste triênio, nos vivificamos para além das saudades e das incertezas a que somos submetidos.
Viver é isso mesmo: seguir adiante, tendo conosco muitas expectativas e desejos, mesclados por vezes por alguns receios.
Pois é... Somos povo de Deus a peregrinar. Somos a “gente do caminho”, um caminho novo e vivo.
Importa, pois, estar a caminho! Nós, os Redentoristas, e os paroquianos.
A doação de entregar alguns (deixar partir) e a doação de bem acolher os que chegam é atitude de autêntica fé. Quando uma Paróquia Redentorista deixa de pensar somente em si mesma, ela comunga sua pertença a um corpo maior: ser Igreja de Jesus Redentor em variados lugares.
Felizes dos paroquianos que se aceitam como principiando novos caminhos. O espírito do principiante é como aquele “ser de criança” a que Jesus se refere: alegrar-se ao descobrir novas facetas do ser Igreja, do estar como Igreja a caminho.
Feliz quem ira a misteriosa diversidade de estilos tanto no jeito redentorista de ser, quanto nos modos de uma Paróquia se sustentar.
Partir. Chegar. Acolher.
Entre partidas e chegadas, há sempre mais perguntas em aberto. O que é ótimo.
Em sendo assim, cabe a todos nós
uma declaração de amor
aos que partem e aos que chegam.
Crer é amar e servir com todo o nosso bem-querer.
Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R.
(Versão adaptada em janeiro de 2024)