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Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor26/03/2021 3v6h4b

 

“Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mc 11, 9b)
 
Tema central da Liturgia da Palavra
 
O 6º Domingo da Quaresma recebe um nome especial porque nos coloca no espírito da semana mais importante de nossa vivência cristã, ou seja, a Semana Santa; por isso, este domingo recebe o nome de Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
 
A celebração de hoje nos alegra com a triunfal entrada de Jesus em Jerusalém, daí a designação “de Ramos”, porém, nos insere plenamente na motivação do Cristo que dará sua vida pela redenção e salvação do mundo, daí “da Paixão”. Assim, as leituras de hoje nos convidam a fazermos os os do Redentor que, convicto de sua missão, é recebido com festa e logo rejeitado, mas, em sua radical fidelidade ao Pai e ao seu projeto de amor nos dá a possibilidade da vida eterna!
 
 
Evangelho da Procissão: Mc 11, 1-10
 
A perícope marqueana da entrada messiânica de Jesus em Jerusalém é rica em detalhes. Sabedor de seu compromisso com a vontade do Pai, Jesus se dirige resoluto para Jerusalém. Sua entrada, porém, será um gesto profético a fim de atrair a si aqueles que ainda estivessem duvidosos ou ainda não tinha tido contato com a Boa Nova do Reino de Deus. Assim, sua entrada na capital dá-se pelo cumprimento da antiga profecia de Isaías (Is 62, 11), Jesus é a salvação que todo o povo esperava e que agora vem ao encontro deles; e também o cumprimento da profecia de Zacarias (Zc 9, 9) em que o messias que havia de chegar para salvar seu povo não viria do alto ou das camadas abastadas da sociedade, mas, seria pobre e humilde e, por isso, entraria na capital montado num jumentinho. Assim, todo este aparato modesto do Rei messiânico devia revelar o caráter humilde e pacífico do seu reinado. Marcos aplica esta profecia a Jesus, Messias humilde, o que também Paulo o faz na Segunda Leitura de hoje ao falar da kenose de Cristo.
 
A aclamação das multidões a Jesus – com palavras e ornamentos de panos e ramos pelo caminho –, revela quem ele é e o que ela dele esperava: aquele messias humilde é o Filho de Davi que vem em nome do Senhor para dar a salvação a seu povo, por isso, Hosana: esta palavra hebraica tem o sentido original de “Salva, por favor”, assim, a multidão clama ao messias humilde pela salvação, contudo, posteriormente esta palavra tornou-se uma forma de aclamação.
 
 
1ª Leitura: Is 50, 4-7
 
A perícope do Livro de Isaías de hoje pertence ao chamado Segundo Isaías e, assim, integra a segunda parte de três, de sua profecia. Entendamos um pouco mais sobre esta segunda parte da Profecia de Isaías.
 
Segunda parte: compreende os capítulos 40 a 55 e correspondem à profecia do Segundo Isaías ou Dêutero-Isaías, no contexto dos anos 586 a.C. ao 538 a.C. – tempo em que o povo eleito ava a grande humilhação do Exílio da Babilônia. O autor provavelmente é um longínquo discípulo do Grande Isaías que, à luz de sua profecia, interpreta os acontecimentos do presente no intuito de fortalecer a esperança do povo em Deus, por isso, sua bela profecia é conhecida como o “Livro da Consolação de Israel”. De forma concreta, a redação teve início por volta das primeiras vitórias da Pérsia, liderada por Ciro, contra a Babilônia, em 550 a.C. e teve seu fim com a vitória persa definitiva sobre os babilônios em 539 a.C. que resultou, em 538 a.C. com o Edito de Ciro decretando o retorno dos judeus para sua terra natal, embora este Edito não seja mencionado no Livro.
 
A Primeira Leitura de hoje nos apresenta o início do Terceiro Cântico do Servo do Senhor (sua versão completa está em Is 50, 4-11). A Bíblia de Jerusalém assim apresenta a exegese desta importante perícope: “Neste terceiro cântico, o Servo surge menos como profeta do que como sábio, discípulo fiel do Senhor (v. 4-5), incumbido, por seu turno, de ensinar aos ‘tementes a Deus’, quer dizer, a todos os judeus piedosos (v. 10), mas também aos desgarrados ou infiéis ‘que caminhavam nas trevas’. Graças à sua coragem e ao auxílio divino (v. 7-9), ele ará as perseguições (v. 5-6) até que Deus lhe conceda triunfo definitivo (v. 9-11) ”.
 
 
Salmo 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a)
 
O Salmo 21 (22) é uma lamentação individual. Segundo Gunkel, “O contexto de vida é difícil de determinar devido ao caráter formulativo da linguagem nos lamentos. Originalmente deriva-se de um culto de adoração e então mais tarde foi usado como cânticos espirituais de indivíduos. Estes salmos surgiram de situações de aparente risco de vida mais do que de situações do dia a dia; tais situações podem incluir doença, infortúnio, perseguição por inimigos. De qualquer modo o leitor precisa ser cuidadoso ao tomar estas figuras muito literalmente”.
 
Este salmo apresenta muito bem o caráter da Paixão de Cristo que o espírito litúrgico hoje nos apresenta. Conforme a Bíblia de Jerusalém: “A lamentação e a prece de um inocente perseguido terminam em ação de graças pela libertação esperada (v. 23-27) e adaptam-se à liturgia nacional pelo v. 24 e o final universalista (v. 28-32), em que a vinda do Reino de Deus no mundo inteiro aparece logo após as provações do servo fiel. Próximo do poema do Servo sofredor (Is 52, 13 – 53, 12), este salmo, cujo início Cristo pronunciou sobre a cruz e no qual os evangelistas viram descritos diversos episódios da Paixão, é, portanto, messiânico, ao menos em seu sentido típico”.
 
 
2ª Leitura: Fl 2, 6-11
 
Aproximemo-nos da Carta aos Filipenses partindo da introdução da Bíblia de Jerusalém, a fim de conhecermos o pano de fundo de sua redação.
 
Filipos, importante cidade da Macedônia e colônia romana, tinha sido evangelizada por Paulo durante sua segunda viagem, entre o outono de 48 e o verão de 49 (At 16, 12-40). Ele tornou a ar por lá duas vezes, quando da sua terceira viagem, no inverno de 54-55 (At 20, 1-2) e na Páscoa de 56 (At 20, 3-6). Os fiéis que ele conquistou lá para Cristo testemunharam uma tocante afeição por seu Apóstolo, enviando-lhe socorros a Tessalônica (Fl 4, 16) e depois a Corinto (2Cor 11, 9). E quando Paulo lhes escreve, é precisamente para agradecer-lhes novos recursos que ele acaba de receber por intermédio do delegado deles, Epafrodito (Fl 4, 10-20); aceitando sua oferta, ele, que ordinariamente receava parecer interesseiro (At 18, 3+), dá provas de que confiava neles de modo todo especial.
 
Seguindo a mesma fonte introdutória, a perícope da Segunda Leitura é provavelmente um hino cristão antigo, semelhante a Cl 1, 15-20; 1Tm 3, 16; 2Tm 2, 11-13, que Paulo cita. Tradicionalmente foi interpretado em função de esquema divino descendente-ascendente da divindade (Gn 11, 5; 17, 22; 28, 12; Is 55, 10-11), segundo o qual a kenose de Cristo era a entrega de sua glória divina a fim de viver a vida humana e consequentemente sofrer. Sua estrutura, contudo, é manifestamente baseada no esquema bíblico da humilhação (v.6-8) seguida pela exaltação (v. 9-11), segundo o qual a pessoa justa que sofre é recompensada por Deus (Sl 49, 15-16; Eclo 49, 14; Ez 21, 31; Lc 14, 11; 18, 14; Mt 23, 12; Tg 4, 10). É mais provável, por isso, que Jesus como o segundo ou último Adão (1Cor 15, 45), seja implicitamente contrastado ao primeiro Adão (Gn 3, 4-5).
 
 
Evangelho: Mc 15, 1-39
 
Temos a narração completa da Paixão de Nosso Senhor segundo Marcos. Este é um longo recorte bíblico que se torna inviável para nós discorrer sobre ele exegeticamente aqui, pois, corremos o risco de sermos prolixos ou, o que é pior, de não contemplarmos todo este mistério em sua dignidade e integralidade. Por isso, propomos uma oração de nosso Fundador Santo Afonso sobre a Paixão a fim de nos inspirar na perseverança da meditação deste precioso mistério de nossa salvação!
 
Ó Jesus, Filho Unigênito de Deus e da Virgem Imaculada, que pela salvação do mundo quisestes ser reprovado pelos judeus, atado com cordas, conduzido ao matadouro como um cordeiro, apresentado injustamente aos juízes Anás, Caifás, Pilatos e Herodes, acusado por falsas testemunhas, ferido com pancadas, saciado de opróbrios e injúrias, cuspido no Rosto, açoitado barbaramente, coroado de espinhos, condenado à morte, despojado dos vestidos, pregado com toda a crueldade na Cruz, suspenso entre dois ladrões, vexado com fel e vinagre, abandonado em tormentosa agonia e, finalmente, trasado por uma lança: por estes tormentos, Senhor, dos quais nós, indignos filhos Vossos, agora com devoção, gratidão e amor nos lembramos, e pela Vossa Santíssima Morte na Cruz, livrai-nos das penas do inferno, e dignai-Vos conduzir-nos ao Paraíso, aonde levastes convosco o Bom Ladrão. Tende piedade de nós, ó Jesus, que com o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais, por todos os séculos dos séculos. Amém.
                
 
Pe. Bruno Alves, C.Ss.R.
 
 
 

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